
"Era um espetáculo. Tinha algo de vento forte na mata, arrancando e fazendo redemoinhar ramos e folhas; caía depois sobre a cidade para bater contra as vidraças, abri-las ou despedaçá-las, espalhando-se pelas casas, derrubando tudo; quando parecia chegado o fim do mundo, ia abrandando, convertia-se em brisa vesperal, cheia de doçura. Só então percebia que era música, sempre fora música".
=Em crônica, o poeta Carlos Drumond de Andrade homenageia a música de Heitor Villa Lobos.
=2009 marcou o cinqüentenário da morte do autor das Bachianas Brasileiras.

=Villa-Lobos nasceu no Rio de Janeiro, em 1887, e cresceu em um período importante para a formação da cultura nacional.
=Foi modernista; tentou implantar, sem sucesso, a música como parte do ensino básico.
=Venceu barreiras e o preconceito de críticos contemporâneos e ganhou o mundo.
=Regeu orquestras na França e nos Estados Unidos, país no qual chegou como convidado da política de boa vizinhança, com o fim da Segunda Guerra Mundial.
=Influenciou artistas mundo afora e abrilhantou o nome do Brasil.

=Sua obra é extensa e variada, composta de músicas infantis, choros e clássicos eruditos.
=O espírito aventureiro e a capacidade de improvisação foram algumas de suas características.
=A influência regional e o folclore tornaram-no ‘divisor de àguas’ na música mundial.
=Muitos eventos foram realizados este ano em sua homenagem.
=A USP realizou o Simpósio Internacional Heitor Villa-Lobos, em novembro, no Museu de Arte de São Paulo.
=A Sinfônica de Miami promoveu festival sobre o acervo do compositor;
=A Rádio Nacional da França dedicou um final de semana inteiro ao artista.
=Debates, lançamentos e reportagens celebraram e reiteraram a importância do maestro Heitor Villa-Lobos.
